O número de órgãos
transplantados em Pernambuco cresceu 26% nos cinco primeiros meses deste ano,
de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.
Os dados levantados pela pasta
mostram que Petrolina foi uma das cidades que mais contribuiu para o aumento.
Até final de maio, a Organização de Procura de Órgãos (OPO), do Hospital Dom
Malan/Imip, ofertou 63 órgãos para pacientes em fila de espera.
Segundo a
coordenadora da OPO, Samyra Moraes, foram 20 doadores efetivos de janeiro a
maio de 2017, contra 22 no mesmo período do ano passado. “Em 2016, tivemos dois doadores
a mais, porém a quantidade de protocolos para chegarmos neles foi maior do que
neste ano”. Ela continua. “Até hoje nós identificamos 30 pacientes com morte
encefálica, aptos a serem doadores, sendo que 10 famílias não autorizaram o
procedimento”, declarou Samyra, lembrando que apenas um doador pode salvar
várias vidas. No final de 2016, a OPO de Petrolina diagnosticou 113 potenciais
doadores de órgãos, embora 55 tenham doado.
Em todo Pernambuco,
foram realizados 749 transplantes nos cinco primeiros meses de 2017; no ano
anterior o número foi de 594. De acordo com a secretaria de Saúde, atualmente
1.116 pessoas estão na fila de espera, sendo 803 por rim, 202 por córnea, 701
por fígado, 25 por medula óssea, 9 por coração e 6 por pâncreas. Samyra Moraes
diz que o Estado faz acompanhamento das famílias dos possíveis doadores e
capacita os funcionários para o procedimento de captação.
“A doação só
acontece quando a família autoriza, então fazemos acompanhamento, damos suporte
e orientamos os familiares durante todo o processo, seja antes, durante ou
depois de efetivado”, afirma ela.
Depois de coletado,
a OPO envia os órgãos para Recife, que realiza os transplantes de acordo com o
cadastro de pacientes. A OPO lembra que qualquer pessoa pode ser doadora de
órgãos, ainda que não manifeste em vida a vontade ou deixe documentada a
intenção, nesse caso a decisão cabe à família. “Pernambuco é referência
nacional nesse procedimento porque buscamos dar todo o apoio possível aos
familiares, esclarecendo qualquer dúvida que venha a existir”, conclui a
coordenadora.
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